quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A educação é considerada mola propulsora, para o crescimento e desenvolvimento econômico e social de um país.


Escrito por Antonio Malheiros   
Qua, 08 de Dezembro de 2010 13:59
http://www.noticiasnx.com.br
Visando mensurar os índices alcançados por cada país; a cada três anos são realizados exames de avaliação, de leitura, matemática e ciências. Este ano apesar da melhora, o Brasil ainda aparece na 53ª colocação entre os 65 países argüidos, pelo Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA).
Sistematicamente os governos, principalmente os ditos desenvolvidos, implementaram políticas públicas voltadas a atender o sistema educacional como um todo. Enquanto os países ditos em desenvolvimento, ainda apresentam deficiências estruturais na condução do sistema educacional, que passa por uma série de entraves, tendo como carro chefe a condição social.
Prova inequívoca disso, está no ranking alcançado pelo Brasil, ficando na 53ª colocação entre 65 países no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), elaborado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Esta avaliação inclui estudantes nascidos em 1993 matriculados em qualquer série a partir da 7ª (8º ano) do ensino fundamental. Este ranking é divulgado a cada três anos, em 2009 foram avaliados 470 mil estudantes, dos quais 20 mil eram brasileiros.
Para nossa surpresa, o Brasil alcançou Média Geral de 401 pontos, esta pontuação nos deixa atrás de países com Bulgária, Romênia e os latino-americanos México, Chile e Uruguai, ficamos à frente apenas da Colômbia, Kazaquistão, Argentina, Tunísia, Azerbaijão, Indonésia, Albânia, Catar, Panamá, Peru e Quirguistão, infelizmente esta média nos deixa abaixo da OCDE que é de 496 pontos.
O grande paradoxo, envolvendo a questão ensino aprendizagem no Brasil é de fácil entendimento, uma vez que, o abismo que separa as instituições de ensino em nosso país é aviltante, em função da enorme disparidade entre as dependências administrativas.
Só para que as pessoas possam mensurar o tamanho das desigualdades, os estudantes de escolas federais tiveram as melhores médias, 528 pontos, desta forma estaríamos entre os oito países melhor colocados. A nota das escolas particulares foi de 502 pontos, se esta fosse à média geral estaríamos entre os vinte melhores países. Agora as escolas públicas estaduais e municipais tiveram média comparada a dos sete piores países, 387 pontos; em função disso a nossa média geral ficou em 401 pontos.
Agora, querer culpar apenas e tão somente o sistema educacional público, seria uma verdadeira temeridade, uma vez que em todo o país, infelizmente, ainda existem professores mal remunerados, falta de preparo de alguns, falta de reciclagem, etc.
Porém, o mais complexo não está na questão cognitiva, e sim comportamental de cada aluno, que por desequilíbrio familiar, desrespeitam os professores, vão aos colégios armados, não respeitam mais ninguém, respondem, alguns usam drogas e armas nas dependências das escolas, em alguns casos mais extremados chegam a agredir de forma violenta os professores, que ficam impotentes diante desta situação humilhante.
Enquanto eu escrevia este artigo, o noticiário nacional informava um assassinato horrendo praticado por um aluno à facada, contra um professor de uma Universidade, em Belo Horizonte.
Nesse momento, os professores deixam de passar informações, e passam a fazer o papel dos pais, desta forma perdendo o foco principal do educador que é o de passar informações cognitivas. Tais ações acabam fazendo com que os alunos, deixem de lado o primordial que é a absorção de informações, para que possam adquirir conhecimento cognitivo que lhes permitam ingressar a uma faculdade e possam se tornar profissionais gabaritados e competentes.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Falta de princípios e atitudes são a raiz da miséria

Porque devemos fazer política

"Não há pior analfabeto que o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. O 
analfabeto político é tão burro que se orgulha de o ser e, de peito feito, diz que detesta a política. Não sabe, o imbecil, que da sua ignorância política é que nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, desonesto, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo."
Bertolt Brecht (1898-1956




sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Política, é coisa séria

Falar de política, não é difícil. Mas difícil é dar uma resposta clara e objetiva, pois, a política é muito abrangente. Na maioria das vezes, acredita-se que tem muito haver com discussão entre as pessoas no intúito de buscar uma solução para “o problema”.
Apesar da importância deste assunto, são poucos os interessados, pois, a maioria da socidade foge do tema política, achando que isso é dever somente de quem está no poder, mas não sabem, que são eles que acabam fortalecendo ainda mais a chance dos desonestos se corromper com facilidade e continuar enganando o povo.  Quem não participa da política, será só mais um tendo o trabalho de votar, além disso estará votando em vão.
O por que do desinteresse pela política torna-se de fácil compreensão quando levamos em consideração, que vivemos numa sociedade onde uma fração de indivíduos que no seu agir políticamente procura, nada mais, nada menos, beneficiar-se.
Mas Política é a arte de governar, é o uso do poder para defender seus direitos de cidadania.
A idéia da Política é ter uma forma de organizar a sociedade, em seus diversos âmbitos evitando que chegue a um caos sem ordem ou a uma bagunça tratando da convivência dos diferentes. E isso que a torna tão complexa e consequentemente, interessante.
A política é a liberdade de se expressar e de ter uma opinião. Sua finalidade é manter a ordem pública, defesa do território nacional e o bem social da população.
Ela é fundamental na vida de todos, pois através da política se constrói a vida da população, não podemos ingenuamente nos abster, cabe a população a discussão e pressão dos governantes.
A política na atualidade, encontra-se bastante deteriorada. Precisando urgentemente de uma reforma. Com mais responsábilidade partidária, com mais definições e execuções dos seus representantes.
Política, é coisa séria e não apenas para ser lembrada em períodos de eleições, onde somos práticamente obrigados a votar, senão sofreremos uma sanção. No entanto, todos os indivíduos são passíveis de análise política, pois, tal ciência perde validade se não expressar a preocupação de inserir todos os indivíduos no processo de construção da sociedade.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

História do Bairro do Campo Limpo em são Paulo

História do Campo Limpo

Campo Limpo é próximo aos subdistritos de Butantã, Vila Andrade, Santo Amaro e Capão Redondo e também faz limite com o município de Taboão da Serra, através do Córrego Pirajuçara

O subdistrito está localizado a cerca de 17 quilômetros do Marco Zero da cidade de São Paulo, na Zona Sudoeste. De acordo com dados dos censos demográficos 1991 e 2000, a população do Campo Limpo é de 191.527 habitantes e a densidade demográfica é de 14.963 hab/km².

Como surgiu


Pouco se sabe sobre sua criação, mas moradores mais antigos especulam que o distrito de Campo Limpo originou-se da Fazenda Pombinhos, da família Reis Soares, em meados de 1937. Várias colônias de japoneses, italianos e portugueses se estabeleceram na região, devido ao preço baixo dos terrenos naquela época. 

Por volta de 1950, a paisagem do distrito era ainda de muitas fazendas, chácaras e olarias. Havia também três "secos e molhados", uma farmácia, uma barbearia, um grupo escolar de madeira e um mosteiro da igreja católica. 

A energia elétrica chegou em 1958, a primeira linha de ônibus foi criada em 1963 e o calçamento das primeiras ruas iniciou em 1968. Acredita-se que o nome do distrito se deve ao uso das pastagens existentes para treinamento e alimentação dos cavalos do Jóquei Clube.

Características gerais

Campo Limpo é próximo aos subdistritos de Butantã, Vila Andrade, Santo Amaro e Capão Redondo e também faz limite com o município de Taboão da Serra, através do Córrego Pirajuçara. O subdistrito está localizado a cerca de 17 quilômetros do Marco Zero da cidade de São Paulo, na Zona Sudoeste.
De acordo com dados dos censos demográficos 1991 e 2000, a população do Campo Limpo é de 191.527 habitantes e a densidade demográfica é de 14.963 hab/km².

Contrastes Sociais

O subdistrito é conhecido pela presença de uma grande divisão social, onde vivem pessoas de baixa renda em favelas, residências de baixo padrão e conjuntos habitacionais populares, ao lado de condomínios horizontais e verticais de classe média e média alta. Além disso o bairro possui grandes áreas de comércio popular e uma atividade industrial em processo de declínio, com alguns galpões e fábricas ainda em atividade.

História

Uma das origens do nome do bairro reside no fato de, antigamente, ter funcionado nas imediações uma antiga chácara do Jockey Club de São Paulo.
O Campo Limpo era inicialmente formado por chácaras e áreas verdes, que foram sendo loteadas ao longo da Estrada do Campo Limpo, a principal via do bairro. Os primeiros moradores, em sua maioria de origem pobre e migrante, principalmente do interior de São Paulo, dos estados das Regiões Nordeste e Sul do Brasil, se estabeleceram na região a partir das décadas de 1960 e 1970.
O crescimento da região, assim como em outras áreas periféricas da cidade, ocorreu de maneira mais intensa entre as décadas de 1970 e 1980, sem planejamento necessário pelos órgãos públicos.
A partir da década de 1990 o bairro sofreu um grande crescimento imobiliário com o lançamento de empreendimentos residenciais para a classe média: o bairro, por ser vizinho de outros grandes centros comerciais e de escritórios em crescimento acelerado, como o Centro Empresarial São Paulo, a Marginal Pinheiros e a região da Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, além de também ser vizinho de bairros considerados nobres, como a Vila Andrade e Morumbi, começou a atrair novos moradores com perfil diferente dos moradores que vieram na primeira fase de ocupação na década de 1960: muitos destes novos moradores tem nível superior e/ou são profissionais liberais e paulistanos de outros bairros em busca de preços de imóveis mais baratos e próximos das novas áreas de trabalho.
A partir de 2001, o Campo Limpo iniciou uma modesta ação de crescimento em construções e instalações comerciais e educacionais. O subdistrito conta com universidades particulares,supermercados e hipermercados, agencias bancárias, centros comerciais e metrô que liga o bairro ao Largo treze de maio em Santo Amaro. O Shopping Campo Limpo, localizado no distrito vizinho de Capão Redondo. Nesse último, estão presentes as cinco únicas salas de cinema da região .

Investimentos públicos estaduais

Entre 2003 e 2010 foram construídos   corredores de ônibus  na região da Avenida Francisco Morato e remodelou corredores e faixas exclusivas para ônibus , priorizando o transporte coletivo na região dos distritos de Campo Limpo, Capão Redondo, Jardim São Luís e, indiretamente, Jardim Ângela.

Há o Terminal de ônibus do Campo Limpo inaugurando em 2010 pela  As autoridades municipais acreditam que com ele melhore o transporte na região.

A Prefeitura também implantou outras melhorias, como os Centros Educacionais Unificados, conhecidos como CEUs, que conta com biblioteca, piscinas, escolas e atividades educativas e culturais para toda a comunidade.

Problemas e dificuldades


Apesar dos investimentos em piscinões e canalização de córregos, a região ainda sofre em alguns pontos isolados com as enchentes e alagamentos no Córrego Pirajuçara, principalmente em casos de chuva muito forte.

As chuvas muito fortes, particularmente no verão, também provocam o deslizamento de terra em áreas onde famílias vivem precariamente, quase sempre áreas invadidas e de risco já conhecido.

Apesar da construção de Centros Educacionais Unificados (CEU), faltam mais opções de lazer e cultura para a população da área. O trânsito também é difícil e pesado, principalmente na Estradas do Campo Limpo e de Itapecerica e Largo do Campo Limpo.

Bairros

• Campo Limpo
• Chácara do Bom Conselho
• Conjunto Residencial Morumbi
• Conjunto Residencial Prestes Maia
• Horto do Ipê
• Jardim Alexandrina
• Jardim Arariba
• Jardim Bom Refúgio
• Jardim Catanduva
• Jardim Dorly
• Jardim Duprat
• Jardim Elisa
• Jardim Elisabeth
• Jardim Eti
• Jardim Evana
• Jardim Faria Lima
• Jardim Guaporé
• Jardim Helga
• Jardim Ingá
• Jardim Iracema
• Jardim Itamarati
• Jardim Jamaica
• Jardim Jobar
• Jardim Luzitânia
• Jardim Maria Duarte
• Jardim Maria Sampaio
• Jardim Maria Tereza
• Jardim Maria Virgínia
• Jardim Martinica
• Jardim Mitsutani
• Jardim Nadir
• Jardim Nelma
• Jardim Novo Horizonte
• Jardim Novo Oriente
• Jardim Olinda
• Jardim Paris
• Jardim Piracuama
• Jardim Pirajussara
• Jardim Prestes Maia
• Jardim Rebouças
• Jardim Roni
• Jardim Rosana
• Jardim Samara
• Jardim Santa Efigênia 
• Jardim São Januário
• Jardim São Mateus
• Jardim Taboão
• Jardim Tereza Rosa
• Jardim Umuarama
• Umarizal
• Vila Alteza
• Vila América
• Vila Anália
• Vila Brasil
• Vila Carioca
• Vila Ferreirinha
• Vila Franca
• Vila Nossa Senhora Aparecida
• Vila Olga
• Vila Pirajussara
• Vila Rica







Fonte: Wikipédia

domingo, 5 de setembro de 2010

Maçonaria dos negros americanos


Por José Martí M:. M:.

Em 1775, um americano de raça negra com o nome de Prince Hall (1735/1807), metodista e divulgador religioso, foi iniciado em Boston na companhia de mais 14 homens livres de raça negra, numa loja de constituição irlandesa.

Prince Hall criou a primeira loja de negros da América, a Loja Africana nº 1, em 1775 e foi-lhe conferida a patente nº 495 pela Grande Loja dos Modernos de Inglaterra, dada a recusa da Grande Loja de Massachusetts.

Em 1791, esta Loja Africana nº 1 constituiu-se em loja mãe com o nome de Grande Loja Africana da América do Norte, da qual Prince Hall foi o primeiro grão-mestre. Em 1808, um ano após a morte de Prince Hall, ela adoptou o nome distintivo e emblemático de Grande Loja Prince Hall, Maçons Livres e Aceitos de Massachusetts, que dará origem à designada maçonaria de Prince Hall.

Outras grandes lojas de negros foram criadas em seguida noutros Estados que acabaram por se fundir, em 1847, com a Grande Loja Prince Hall. Hoje, esta Grande Loja conta com cerca de 500.000 membros de 5.000 lojas que se encontram repartidas em 40 Grandes Lojas autónomas, quase uma por Estado, às quais se juntam outras existentes nas Bahamas, Haiti, República Dominicana, Libéria e, surpreendentemente, 3 lojas na Alemanha criadas no decurso da II Guerra Mundial e na dependência da Grande Loja de Maryland.

A Grande Loja Prince Hall pratica os ritos mais usuais nos Estados Unidos: York e REAA.
Mantém boas relações com outras obediências maçónicas americanas de negros como as Grandes Lojas de Sto, André, do Rei David, do Rei Salomão, de Enoch, do Monte Sinai, do Monte das Oliveiras e dos Maçons do Rito Escocês de S. Jorge.

A maçonaria dos negros americanos, como reflexo dos graves problemas existentes e da radicalização do movimento negro, esteve desde o início da sua criação envolvida nas causas sociais e humanas. Para muitos maçons negros, a situação não possibilitava somente a reflexão e o exercício da caridade diante da imensidão de desafios e do aumento da miséria dos guetos.
Simultaneamente, e apesar de alguns esforços em contrário, esta situação também era devida à atitude de segregação racial persistente das lojas de brancos.

Se Prince Hall é reconhecido como o fundador da franco-maçonaria dos negros na América do Norte, ele não se limitou a esta importante intervenção. Foi um activo militante em defesa da educação, sem a qual, segundo ele, não podia concretizar-se a emancipação dos negros. Em 1777, endereçou uma petição à Corte de Justiça de Massachusetts relativa à situação criada aos negros.

Em 1792 e em 1797, como venerável da sua loja, expôs em dois discursos a sua preocupação sobre as questões da educação à qual os negros não tinham acesso. Em 1800, fundou a primeira escola para negros em Boston, após quatro anos de iniciativas empenhadas junto das autoridades da cidade.

Outros maçons negros tomaram parte nesta luta como Prince Saunders, Booker T. Washington e William Edward Du Bois. Ainda que condenando firmemente a escravidão, estes maçons mantiveram uma atitude de ponderação, apelando à moderação e procurando evitar os excessos que agudizassem os ódios entre as duas comunidades.

Du Bois, partidário de uma educação pacífica e de uma colaboração entre os americanos, promotor da igualdade de oportunidades, defendia o universalismo, a tolerância, a razão e a paciência, na perspectiva que a fraternidade acabasse por se sobrepor ao racismo.

A maçonaria de Prince Hall criou desde o século XIX estruturas mutualistas e de ajuda aos seus membros para suprir a ausência de assistência médica e social aos seus irmãos mais idosos e estendeu a sua participação aos organismos sociais profanos.

Relativamente às 50 Grandes Lojas americanas ditas WASP (White, American, Saxon, Protestant), só uma vintena reconheceu oficialmente a regularidade da Grande Loja Prince Hall do seu Estado. As outras, entre as quais a de Nova Iorque, continuam a recusar esse reconhecimento sob pretextos aparentemente formalistas.

Entre esses pretextos têm sido referidos que a recusa se baseia no artigo 3º das Constituições de Anderson, confundindo escravo e negro, ou que a Grande Loja Prince Hall deveria ter recebido a patente da Grande Loja de Massachusetts e não da Grande Loja dos Modernos de Inglaterra.
Em 1947, esta loja de Massachusetts tentou desencadear o reconhecimento, mas recuou face à aberta hostilidade das outras Grandes Lojas de brancos.

Por outro lado, as Grandes Lojas de brancos não toleram as aproximações entre a Prince Hall e as Grandes Lojas europeias continentais, como o caso da França.
São as Grandes Lojas dos Estados do sul dos Estados Unidos que permanecem em total oposição a este reconhecimento.

Esta situação insólita em pleno século XXI, ainda se torna mais inadmissível quando estamos perante lojas maçónicas. Trata-se de uma situação de clara segregação racial, em total contradição e desrespeito pelos princípios fundamentais do humanismo universal intrínsecos à maçonaria.

O humanismo, a seriedade e os bons costumes não derivam da cor da pele com que cada um nasce. Se um dos princípios da maçonaria é o respeito e a tolerância pelas opiniões diferentes, a referida contradição assume níveis de muito maior gravidade quando se distinguem seres humanos pela cor da pele.

Esta situação inexplicável naquele país tem raízes muito antigas e contornos indignos.
Bedford Forrest, que era maçom, foi um dos principais dirigentes, no século XIX, do Ku Klux Klan, organização dedicada à defesa da escravidão, da segregação racial e que ao longo das décadas tem praticado crimes hediondos que além do espancamento de negros tem assassinado vários cidadãos negros, inclusive pelo fogo. Também Albert Pike, conhecido maçon no mesmo século, foi um dos principais dirigentes do Ku Klux Klan.

A defesa dos grandes ideais humanistas, a procura do contínuo aperfeiçoamento humano, as práticas da tolerância, da fraternidade, da igualdade de oportunidades para todos e a assumpção dos grandes valores da cidadania plena e da liberdade que caracterizam o espírito maçónico não podem ser confundidos e muito menos manchados com situações como a que foi abordada.

Num momento tão delicado como aquele que as sociedades atravessam no plano internacional, com uma marcada crise de valores e de princípios humanistas e solidários, é indispensável que a intervenção maçónica seja uma referência que contribua para a melhoria e a mudança de rumos.


Fonte: http://loja.ocidente.eu/?p=93